Fraturas por estresse na coluna lombar são conhecidas como “defeito de Pars” ou espondilólise. Elas ocorrem quando a parte interarticular de uma vértebra desenvolve microfraturas.
Especialistas explicam que essas fraturas são causadas por sobrecargas cíclicas e desequilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos. A fratura por estresse na coluna lombar é um problema sério que requer atenção médica adequada para evitar complicações.
Essas lesões afetam não só atletas, mas também pessoas que praticam esportes como corrida, triathlon, vôlei e basquete. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia afirma que elas são causadas pela fadiga óssea de movimentos repetitivos.
O tratamento e o acompanhamento médico são cruciais para evitar complicações futuras. É importante gerenciar bem o treinamento e monitorar os sintomas para agir rápido.
O que é uma fratura por estresse na coluna lombar?
Dr. Aurélio Arantes, médico ortopedista de coluna, comenta que uma fratura por estresse na coluna lombar ocorre quando movimentos repetidos sobrecarregam os ossos, causando microfissuras. Embora o corpo geralmente repare essas fissuras, em alguns casos, elas podem evoluir para uma fratura por estresse.
O processo de “turn over ósseo” é essencial para a reparação dos ossos, mas quando há uma fratura por estresse, a estabilidade da coluna lombar pode ser comprometida. A área mais comumente afetada é a pars interarticularis das vértebras lombares.
Essa condição foi primeiramente descrita por Breithaupt em 1855 e posteriormente estudada em maior profundidade por Devas em 1958, especialmente em atletas. Isso torna a espondilólise uma preocupação relevante para aqueles que praticam atividades físicas intensas.
Causas da fratura por estresse na coluna lombar
As fraturas por estresse na coluna lombar têm várias causas. A principal causa em atletas é o treinamento excessivo. Isso deixa os músculos cansados e não podem mais absorver os impactos. Assim, os ossos sofrem mais e podem quebrar.
Carga de treinamento inadequada
O treinamento excessivo é um grande problema. Ele cansa os músculos, que não podem mais suportar os impactos. Os ossos então sofrem mais e podem quebrar.
Problemas hormonais
Problemas hormonais também são importantes. Em mulheres, baixos níveis de estrogênio e em homens, baixos níveis de testosterona aumentam o risco de fraturas. Esses hormônios ajudam a manter os ossos fortes.
Falta de vitamina D
A falta de vitamina D é um grande problema. Essa vitamina é essencial para os ossos. Sem ela, o corpo não pode absorver cálcio, o que é vital para os ossos. Além disso, a vitamina D ajuda a recuperar do treino e prevenir fraturas.
Sintomas da fratura por estresse na coluna lombar
Os principais sintomas de fratura na coluna lombar incluem dores que pioram com atividades físicas e melhoram com descanso. A dor na região é um sinal comum. Ela pode ficar pior quando você move o corpo de forma extensa.
Além disso, a espondilólise pode causar dor que se espalha pela parte inferior das costas. Isso é um tipo específico de fratura por estresse na pars interarticularis.
Estudos mostram que alguns pacientes não sentem dor, mas outros sim. A dor pode ser um sinal de que você tem uma fratura. Isso é mais comum após atividades que sobrecarregam a coluna lombar.
É muito importante reconhecer os sintomas de fratura na coluna. Assim, você pode buscar o tratamento certo e evitar problemas mais sérios no futuro.
Diagnóstico da fratura por estresse na coluna lombar
Para saber se você tem uma fratura por estresse na coluna lombar, é importante fazer exames de imagem. Esses exames incluem radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A ressonância magnética é muito usada para detectar fraturas por estresse. Este exame mostra se a lesão é recente ou antiga e como grave é o dano. É muito útil para quem tem espondilólise e sintomas que não melhoram com o repouso ou fisioterapia.
A densitometria óssea também ajuda no diagnóstico. Ela mostra se a fratura é por causa da baixa densidade óssea, que pode ser devido à osteoporose. Saber o diagnóstico certo é o primeiro passo para tratar bem e se recuperar.
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