As placas de veículos são essenciais para a identificação e o registro dos automóveis em circulação nas vias brasileiras. Assim como o documento de identidade para pessoas, as placas funcionam como um “RG” para os veículos, permitindo consultar placa para ter acesso ao histórico do automóvel e diferenciando-o de outros. Conhecer os diversos tipos de placas e suas particularidades é fundamental para a conformidade com as normas de trânsito e facilita a identificação pelos órgãos competentes.
Evolução e função das placas de veículos
Desde a sua introdução, as placas de veículos passaram por diversas modificações. Originalmente, as placas eram amarelas, com duas letras e quatro números, mas em 1990, o modelo foi alterado para placas cinzas com padrão alfanumérico ABC1234, incluindo o município e o estado do veículo. Este modelo serviu por quase três décadas até a introdução das placas Mercosul em 2018.
As placas de veículos são registradas no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) do estado onde o automóvel está registrado. Elas são essenciais não apenas para a identificação visual, mas também para a consulta de informações como multas, características de fábrica e histórico de propriedade do veículo.
Placa Mercosul: um novo padrão
Introduzida em 2018, a Placa Mercosul é o modelo atual em vigor no Brasil. Com um padrão alfanumérico do tipo ABC1D23, essas placas têm fundo branco e caracteres em cores que variam conforme a categoria do veículo. O design modernizado foi adotado para facilitar o transporte e a identificação rodoviária entre os países do Mercosul, incluindo Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
As placas Mercosul são obrigatórias para o primeiro emplacamento de veículos novos e para veículos que passam por transferência de propriedade, mudança de município ou estado, alteração de categoria, ou substituição devido a furto, roubo ou dano. Elas também incorporam tecnologias de segurança, como um QR Code, localizado à esquerda, que contém informações criptografadas sobre o veículo, e um chip eletrônico que pode ser lido por dispositivos de fiscalização.
As placas Mercosul são diferenciadas pelas cores de seus caracteres alfanuméricos e bordas, que indicam a categoria de uso do veículo:
- Escrita preta: Indicada para veículos de uso particular. É a mais comum e utilizada por carros de passeio.
- Escrita vermelha: Usada por veículos de uso comercial, como táxis, ônibus, vans, e carros de autoescola. Esses veículos são identificados por caracteres e bordas vermelhas.
- Escrita azul: Destinada a veículos oficiais, pertencentes ao governo em qualquer nível (municipal, estadual ou federal), com caracteres e bordas em azul.
- Escrita verde: Reservada para veículos de experiência ou testes de montadoras, com caracteres e bordas verdes.
- Escrita dourada: Exclusiva para veículos diplomáticos, como aqueles pertencentes a consulados e organizações internacionais oficiais. Eles são identificados por caracteres e bordas douradas.
- Escrita cinza: Designada para veículos de coleção. Estes veículos são considerados de valor histórico e cultural e precisam possuir um Certificado de Originalidade emitido por uma entidade reconhecida pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN). Recentemente, foi permitida a opção de utilizar a placa preta para esses veículos, revivendo o visual clássico utilizado anteriormente.
Seja a Placa Mercosul padrão ou as diversas placas especiais, cada uma desempenha um papel importante no sistema de trânsito brasileiro. Ao se familiarizar com as características e requisitos de cada tipo de placa, os motoristas e proprietários de veículos podem contribuir para um trânsito mais eficiente e seguro, cumprindo as normas estabelecidas pelos órgãos de trânsito e garantindo uma convivência harmoniosa nas vias públicas.