Cada vez mais se fala sobre investimentos e a importância de desenvolver estratégias para planejar financeiramente o curto e o longo prazo. Porém, investir no mercado financeiro costuma gerar dúvidas, principalmente para quem está começando.
É verdade que existem várias opções de investimento. E saber investir é reconhecer que cada investidor tem um perfil, objetivos e possibilidades singulares. Não há, de forma alguma, uma medida solucionadora única e universal que possa ser aplicada por todo e qualquer investidor. Veja alguns conceitos básicos que podem te informar sobre esse universo!
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Perfil do investidor
O passo inicial e derradeiro antes de efetivamente investir é entender qual é o seu jeito de investir, o seu perfil de investidor. Essa avaliação ajuda a identificar sua tolerância ao risco e sua preferência por diferentes tipos de ativos. As corretoras de investimento avaliam esse perfil a partir de um questionário (conhecido como “suitability”), que considera não só suas preferências de ativos, mas também a sua experiência.
A partir da definição do seu perfil, você pode definir quais são os tipos de investimentos que podem ser mais adequados para você construir uma carteira equilibrada e condizente com os seus objetivos.
Existem três perfis principais de investidores:
- Conservador: prefere atuar com ativos de risco mais baixo e previsibilidade maior;
- Moderado: tem tolerância a algum risco, desde que equilibrado com segurança;
- Arrojado: tem mais disposição para assumir riscos maiores em prol de obter maior retorno.
Com essa definição, você pode traçar metas financeiras de forma mais clara e ajustar sua estratégia de investimentos.
Renda fixa
Antes de qualquer coisa, é indispensável e, portanto, importantíssimo compreender as principais distinções entre renda fixa e renda variável. A primeira é caracterizada por menor risco e possível previsibilidade dos rendimentos, sendo muitas vezes recomendada para quem deseja maior segurança em seus investimentos.
Além disso, alguns ativos de renda fixa oferecem garantia pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por instituição financeira e CPF. Em determinadas situações, há a possibilidade de não cobrança, para pessoas físicas apenas, do imposto de renda.
Para quem está começando, algumas opções comuns de renda fixa incluem:
- Tesouro Direto: investimento em títulos públicos emitidos pelo governo federal, com diferentes modalidades, como prefixados, pós-fixados e atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), entre outros;
- CDBs (Certificados de Depósito Bancário): gerados por bancos, são títulos empregados para buscar recursos financeiros. Em contrapartida, a pessoa que aplicou nessa modalidade recebe os juros gerados sobre o valor investido.
Esses produtos podem ser interessantes dependendo de seus objetivos financeiros e do tempo que você pretende manter o investimento.
Renda variável
Os ativos de renda variável, por outro lado, apresentam maior imprevisibilidade em relação aos ganhos e, ao mesmo tempo, podem oferecer possibilidades de retorno mais significativas a médio e longo prazos.
Alguns exemplos de ativos de renda variável incluem:
- Ações: representam uma fração de uma empresa, com valor sujeito a variações constantes;
- Fundos Imobiliários (FIIs): permitem investimentos no setor imobiliário sem a necessidade de aquisição direta de imóveis.;
- ETFs (Fundos de Índices): replicam o desempenho de índices de mercado, como o Ibovespa, por exemplo;
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts): certificados que oferecem exposição a ações de empresas estrangeiras;
- Fundos de Investimento: produtos que agrupam recursos de diversos investidores para aplicação em diferentes ativos, conforme a estratégia do fundo.
Ao considerar renda variável, é importante ter em mente que o desempenho pode variar, e os riscos precisam ser avaliados com cuidado.
Boa assessoria
Por fim, contar com uma assessoria financeira pode ajudar a identificar as estratégias mais adequadas e estruturar uma carteira diversificada. Profissionais qualificados podem auxiliar na análise de riscos e na escolha de ativos alinhados aos seus objetivos e perfil de investidor.
Uma boa comunicação com a assessoria é essencial para esclarecer dúvidas, acompanhar o desempenho do portfólio e realizar ajustes sempre que necessário. Esse acompanhamento pode ser um suporte importante, especialmente para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos.